Existe um desejo inerente e subjacente a todos os anseios humanos, e presente em todos os corações: o desejo de ser feliz. Todos os nossos projetos, sonhos e metas, fundamentalmente, são estratégias de realização para, enfim, alcançarmos “a tal felicidade” — uma espécie de recompensa, ou tesouro ao pé do arco-íris. Mas não somos preparados nem ensinados a discernir, no grande mercado da vida, o que faz a diferença entre ser e estar. 

Em meio a tantos apelos e demandas, o mundo contemporâneo oferece “felicidades” tão líquidas e certas quanto supérfluas e fugazes, e neste universo de ilusões perde-se a referência do que  realmente é ser feliz, e de o quanto este sentimento está afinado com a coerência entre o que somos, o que queremos e o que fazemos. É difícil definir rigorosamente a felicidade e sua medida, mas podemos dizer que, ser feliz é uma busca e um encontro; uma busca do seu propósito de vida, e um consequente encontro consigo mesmo. Ser feliz é ‘Realizar-se’, e nisso de se perceber feliz, estão incluídos um “quê” de plenitude, alegria interior, paz de espírito, gratidão, e a certeza de que, apesar de… tanta coisa, está tudo certo.